A Funsejem já tem a nova Política de Investimento aprovada para o período 2026-2030, para os planos de previdência Votorantim Prev e VCNE, além do plano de gestão administrativa – PGA.
De um modo geral, o teor dos documentos passou por poucos ajustes, em comparação à política deste ano. Dentre eles, estão adequações de texto e de limites de aplicação, em decorrência de mudanças estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional às diretrizes de investimento das entidades de previdência fechada (Res 5202, 27/03/25).
Porto seguro
Do ponto de vista estratégico, a Funsejem manteve a estrutura do perfil conservador, que é a opção de menor risco oferecida pelo Votorantim Prev e pelo VCNE, e atualmente a mais adotada entre os participantes destes planos.
O conservador permanece então com o objetivo de destinar 100% da sua carteira à renda fixa CDI (também presente no moderado e no agressivo). Ela é composta por papéis públicos e privados, pós-fixados, que acompanham os juros básicos do país. Eles estão altos e seguirão beneficiando as aplicações conservadoras, mesmo com a perspectiva de cortes nos juros em 2026, pois eles costumam ocorrer de forma lenta e gradual.

Volatilidade sob controle
Nos perfis moderado, agressivo e superagressivo, a mudança mais relevante foi o aumento na alocação de recursos nos fundos multiestratégia. Eles contemplam papéis de renda fixa pré-fixada, de inflação, títulos de dívida e até outros mercados, como explicado na matéria do Futuro 144, aqui.
Os fundos multiestratégia oferecem uma boa relação de risco e retorno. Em outras palavras, buscam uma rentabilidade superior ao CDI, mas com uma volalilidade inferior a de investimentos estrutrurados, por exemplo, nos quais a Funsejem deixa de investir ano que vem.
A volatilidade, vale lembrar, é a propensão que um investimento tem a oscilar em seus resultados de curto prazo, em virtude de diversos fatores. Inflação, acontecimentos políticos, elevação ou redução de taxas de juros, e isso tanto no âmbito nacional como no internacional.

Uma Bolsa, duas gestões
Tratando-se ainda dos perfis moderado, agressivo e superagressivo, outro segmento de peso é o da renda variável, com aplicações de mais alto risco, caso das ações em Bolsa de Valores. Para 2026, os limites de alocação neste segmento foram praticamente mantidos. O índice de ações Ibovespa também permaneceu como referência de ganho para as carterias de renda variável destes perfis.
Haverá, porém, uma mudança na estratégia de atuação, que combinará duas gestões. A passiva, que busca o retorno das ações do índice da forma como ele é composto, e a ativa, que tem por finalidade tentar um resultado melhor que o Ibovespa, e por isso não segue a composição do índice.
Por fim, a política aumentou levemente a fatia de aplicações no segmento exterior para os perfis, exceto o conservador. Confira na tabela a seguir os alvos de alocação de cada perfil. E para mais informações sobre índices e metas de desempenho, limites mínimo e máximo, gestão de risco de mercado, dentre outros, acesse a íntegra da política. Ela foi proposta e discutida, envolvendo o Comitê de Investimentos da Funsejem, Diretoria, consultoria especilizada, sendo aprovada em 28 de novembro pelo Conselho Deliberativo. O documento será publicado pela Funsejem no site (aqui), nos próximos dias. Acompanhe os canais de comunicação da entidade para conferir.
Na mira dos perfis
| Alvos 2026 | Conservador | Moderado | Agressivo | Superagressivo |
|---|---|---|---|---|
| RF* CDI | 100% | 34,5% | 21,5% | 0% |
| RF* multiestratégia | 0% | 50% | 43% | 41% |
| RV** | 0% | 12% | 27,5% | 50% |
| Exterior | 0% | 3,5% | 8% | 9% |
*Renda fixa **Renda variável






