Em novembro, a Diretoria, o Conselho Deliberativo e o Comitê de Investimentos da Funsejem finalizaram e aprovaram os ajustes para a Política de Investimentos 2025. Dentre as mudanças, o novo documento aperfeiçoou a redação, com foco em simplificação e clareza, e calibrou os porcentuais de alocação dos perfis de investimentos nos segmentos em que eles aplicam.
A renda fixa é sempre um destaque, já que permeia todos os perfis e concentra a maior parte dos recursos dos planos Votorantim Prev e VCNE (fechado a novas adesões), pois 70% dos participantes estão no conservador, perfil em que a renda fixa é preponderante.
Dentre as inúmeras aplicações abrangidas por este segmento, há uma expectativa para o próximo ano em relação àquelas atreladas à Selic, beneficiadas no cenário atual de juros altos, que tende a se repetir nos próximos meses, de acordo com as projeções do mercado financeiro. Um dos objetivos da Funsejem é permitir que os gestores aproveitem esse ganho, por isso a presença da renda fixa pós-fixada está garantida nos perfis conservador, moderado e agressivo.
A renda variável, ainda que com patrimônio numericamente inferior nos planos da Funsejem, tem grande importância estratégica. O segmento é uma das opções de quem tem interesse em investir com alto grau de risco, na tentativa de buscar resultados oportunos, ciente, claro, de que a oscilação de curto prazo aumenta e pode gerar rentabilidade negativa em determinados períodos. Para 2025, a renda variável, que tem como principal exemplo o mercado de ações, cresceu um pouco na alocação objetivo do perfil superagressivo, o mais arriscado da Funsejem.
Outra mudança está no segmento de investimentos no exterior. Apesar de pequeno, ele foi elevado nos perfis agressivos. Além disso, ele será segregado, e fará parte de um fundo exclusivo a ser criado pela Funsejem.
Agora, confira em mais detalhes as alterações que passam a valer para o próximo ano.
Alocação objetivo dos perfis por segmento de aplicação
Permanecerá com a mesma estratégia e limites para oferecer ao participante a opção de investimento de menor risco, protegendo a reserva financeira da inflação e aproveitando-se da alta taxa de juros da economia. Atualmente, a Selic está em, 12,25% e com possibilidade de ultrapassar a casa dos 14% ainda no primeiro trimestre do ano, segundo o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. De acordo com a política de investimentos da Funsejem para 2025, praticamente 100% dos recursos do perfil conservador serão destinados à renda fixa pós-fixada, diversificada entre papéis públicos e privados.
Teve ajustes mínimos na sua alocação objetivo, ou seja, no quanto pretende destinar para cada segmento de aplicação. Na renda fixa, praticamente não houve mudança, ela tem como alvo representar 80% da carteira. Mas a intenção junto aos gestores é de que metade desta renda fixa siga para aplicações bem conservadoras, atreladas à variação da Selic, e a outra metade para ativos de renda fixa mais voláteis, caso dos papéis pré-fixados e indexados à inflação. O perfil ainda destina uma pequena parcela de seus recursos para os segmentos de renda variável, exterior e estruturado (ex.: fundos de investimento em participação em empresas).
A política 2025 continua a definir em 25% o alvo de alocação para as aplicações mais arriscadas do perfil agressivo, aquelas do segmento de renda variável. Na renda fixa, a proposta é semelhante a de 2024, mas a determinação para os gestores é de que as aplicações mais conservadoras ganhem um pouco mais de espaço, em virtude dos juros altos. Outro ajuste promovido foi um pequeno aumento na intenção de investimento no segmento exterior, que foi para 8% da carteira.
Ele passou por alterações um pouco mais significativas na alocação objetivo de 2025. A ideia é que a parcela de renda variável seja mais alta em cinco pontos porcentuais, se comparada à de 2024, atingindo 50% do patrimônio investido pelo perfil. Tal como no agressivo, a fatia destinada ao segmento exterior cresce, e fica em 9%. Em contrapartida, as aplicações em renda fixa caem levemente, concentrando-se nas opções de maior volatilidade, como os papéis pré-fixados e indexados à inflação.
Exterior e renda variável independentes
A estrutura de investimentos da Funsejem, por meio de fundos, manteve nos últimos anos as aplicações de renda variável e exterior em um mesmo fundo de fundos, os chamados FoFs. Mas a entidade se prepara para segregar estes segmentos no próximo ano, de modo a manter cada um em um respectivo fundo, e assim trabalhar com mais tranquilidade no desenho de estratégias específicas.
A separação foi pensada para melhorar a simulação das alocações desses investimentos, e facilitar sua distribuição nos perfis moderado, agressivo e superagressivo (o conservador não aplica em exterior e RV).
Outra vantagem buscada é que a comparação de fundos de mesma natureza ganha em agilidade. O acompanhamento dos investimentos também se torna mais claro ao permitir identificar prontamente qual segmento contribuiu ou não para os resultados dos perfis.
Gestores
Em 2025, a Funsejem mantém seus atuais gestores: o BNP Paribas, o Bradesco, o Itaú e a Tivio Capital, antiga BV Asset. Ela foi reposicionada recentemente para Tivio Capital, como resultado de uma parceria entre o Bradesco e o Banco BV. O primeiro adquiriu o controle da BV Asset, nascendo assim a joint-venture Tivio Capital.
Política de investimento
As informações acima são apenas um recorte bem resumido de algumas diretrizes da política de investimento que a Funsejem desenvolve para seus planos de previdência complementar a cada ano. A íntegra do documento aprovado pelo Conselho Deliberativo da entidade será divulgada em breve no site www.funsejem.org.br. Acompanhe e em caso de dúvidas, fale com a Fundação por meio de seus canais de contato, aqui.
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Sempre alerta!
Quando o assunto é investimento, sua análise precisa se basear no momento pelo qual passa o mercado financeiro, nas características da aplicação, e na adequação ao seu perfil de investidor. Os desempenhos, sejam de sua carteira pessoal ou da sua modalidade de investimento no plano de aposentadoria da Funsejem, devem ser considerados apenas como referência de gestão, e não como fator determinante para sua escolha, pois resultados passados não garantem rentabilidade futura.