Investimentos: conservador segue preponderante

O ano de 2024 foi um vendaval para a Bolsa de Valores. Apenas quatro meses fecharam de forma positiva para o Ibovespa, principal índice de ações da B3. Nem de longe eles foram capazes de segurar o desempenho negativo acumulado do período, de -10,36%. Ao considerarmos os últimos 5 anos, essa queda do Ibovespa só não foi pior que a ocorrida no segundo ano da pandemia, 2021, quando o índice bateu -11,93%.

De modo contrário, a renda fixa vive uma fase de juros altos que não é de agora. Depois da mínima histórica de 2020, quando a taxa básica da economia Selic caiu a 1,90%, os juros foram subindo. De maneira forte, inclusive, como em 2021,  quando a taxa foi elevada em mais de 8 pontos percentuais. Nos anos seguintes, ela ultrapassou a casa dos dois dígitos, onde permanece até o momento, sem previsão de queda no curto prazo.

Selic: trajetória dos últimos 5 anos

A turma da segurança

Sob um cenário desses, não é de se estranhar o posicionamento de muitos investidores na busca de um retorno financeiro sem os sobressaltos comuns da renda variável, que exige conhecimento técnico, e acompanhamento constante para ser aproveitada estrategicamente.

Na Funsejem, a turma fã da segurança segue forte, fiel ao baixo risco, o que demonstra um perfil geral mais conservador da população de participantes do plano.

O ano de 2020, de Selic baixíssima, fez apenas alguns deles tentarem oportunidades de risco mais elevados, visto que o período era de uma instabilidade mundial. Em janeiro daquele ano, 64,9% dos participantes Funsejem estavam no perfil conservador, porcentual que caiu para 63,5% ao final do ano, indicando uma leve migração às outras modalidades de investimento do plano.

Uma mudança maior é observada, na verdade, em 2022. Naquele ano, os juros Selic ultrapassaram os 10%, com um pico de 13,65% em dezembro. Ao passo que a Bolsa apresentou grandes oscilações, encerrando o ano com 4,69% no acumulado do Ibovespa. O contingente de participantes conservadores que até 2021 girava em 63,5% chegou a 67% em 2022, crescendo para 69% nos outros dois anos seguintes.

Os guerreiros do risco

Do lado do alto risco, claro, a movimentação é inversa. Os investidores agressivos e superagressivos somados deixaram de representar 15% dos participantes da Funsejem em 2020, para os 9,4% observados em 2023, quando o Ibovespa acumulou incríveis 22,28%.

Por fim, a opção pelo perfil moderado permaneceu estável nesses últimos 5 anos, com 21% dos participantes alocados no perfil.

Participantes por perfil: últimos 5 anos

Informação e liberdade

A movimentação entre as opções de investimentos da Funsejem está baseada em regras flexíveis, e procedimentos relativamente rápidos para as adequações de portfólios dos participantes que buscam rever seus objetivos de tempos em tempos, diante dos cenários econômicos que se apresentam.

Um pedido de mudança de perfil pode ser feito pelo site da entidade, na área logada de participante. Com exceção de dezembro, as solicitações realizadas até o dia 25 de todo mês são atendidas já no mês seguinte, antes mesmo do prazo máximo do regulamento, que é de 60 dias.

É também no site que a Funsejem disponibiliza simulador de perfil de investidor, resultados dos perfis, notícias mensais sobre o desempenho do mercado financeiro, além de gráficos de rentabilidade do plano e de outros indicadores. Confira alguns a seguir e acesse www.funsejem.org.br/ para mais informações.

Ibovespa e CDI: desempenho acumulado 2024
Perfis Funsejem e indicadores econômicos: 2024
Perfis Funsejem: últimos 5 anos
  • Sempre alerta!

    Quando o assunto é investimento, sua análise precisa se basear no momento pelo qual passa o mercado financeiro, nas características da aplicação, e na adequação ao seu perfil de investidor. Os desempenhos, sejam de sua carteira pessoal ou da sua modalidade de investimento no plano de aposentadoria da Funsejem, devem ser considerados apenas como referência de gestão, e não como fator determinante para sua escolha, pois resultados passados não garantem rentabilidade futura.