2024 e a expectativa para ativos com risco de mercado

Um olho em dezembro e outro em 2024. Depois de um novembro histórico, com resultados impressionantes na Bolsa de Valores – mais de 12,54% de variação no principal índice da B3, o Ibovespa – fica difícil esperar movimentos tão bruscos para o mês que encerra mais um ciclo, a não ser que fatos novos, inesperados surjam. Os gestores vão acompanhar o fechamento das cortinas, claro, mas é inevitável olhar para 2024.

Na visão de analistas do mercado financeiro, coletada e divulgada pelo boletim Focus, do Banco Central, a taxa básica de juros da economia Selic, atualmente em 12,25%, vai continuar em trajetória descendente, caindo para a casa dos 9% no final do próximo ano. A inflação, ao que tudo indica hoje, deve seguir o mesmo caminho, saindo de 4,55% no acumulado de 2023 para um nível inferior a 4%.

O movimento de ambos os indicadores é leve, mas impacta as aplicações. Quem tem papéis com algum tipo de renda pré-fixada, como os indexados à inflação, em especial os de longo prazo, vê seu investimento oscilar no curto prazo e valorizar. O mercado acionário tende a se aquecer também, a receber mais aportes daqueles que desejam inserir um risco maior em suas carteiras, compensando a redução dos juros.

Política de investimentos 2024

Na Funsejem, neste período do ano, os perfis têm aprovado, pela Diretoria, Comitê de Investimentos e Conselho Deliberativo, a Política de Investimentos que norteará os gestores dos recursos financeiros dos participantes dos planos de previdência Votorantim Prev e VCNE (BNP Paribas, Bradesco, BV Asset e Itaú).

Normalmente, são pequenos ajustes, de modo a manter a sintonia com as expectativas de mercado.

Conservador

Para o perfil de menor risco do plano, a decisão foi manter a alocação atual, de quase 100% do patrimônio destinado a papéis pós-fixados públicos e privados, classificados como renda fixa CDI (índice referência para o segmento de baixo risco, que segue a variação da taxa básica Selic).

Moderado

Neste perfil, as aplicações de renda fixa têm uma migração pequena de recursos alocados nos ativos mais conservadores (CDI), para aqueles um pouco mais voláteis, caso dos pré-fixados e dos papéis de inflação. Em 2023, a RF CDI estava em 43,50%. Para 2024, ela ficará em 35%. Veja como ficam os demais segmentos

Agressivo

Um ajuste semelhante ao realizado no moderado é feito aqui no perfil agressivo, que reduziu a alocação de RF CDI de 23% em 2023 para 19% no próximo ano, aumentando um pouco as aplicações de renda fixa mais arriscadas. Confira também os demais segmentos.

Superagressivo

Este perfil permanece em 2024 com a mesma composição trabalhada em 2023, ou seja, privilegiando os ativos de alto risco.

Além do pente fino sobre os perfis, a Política de Investimento 2024 traz adaptações a normas legais, como a Resolução 23, que entrou em vigor em setembro. Procura, ainda, simplificar conteúdo, aperfeiçoar tabelas e procedimentos.

O documento é um conjunto de diretrizes, metas e objetivos do plano para o ano, com detalhes sobre alocação, apreçamento de ativos, informações sobre risco, restrições, dentre outros.

A Política entra em vigor em janeiro de 2024, mas já está disponível para consulta no site www.funsejem.org.br. Acesse e contate a Fundação aqui, em caso de dúvidas.

  • Sempre alerta!

    Quando o assunto é investimento, sua análise precisa se basear no momento pelo qual passa o mercado financeiro, nas características da aplicação, e na adequação ao seu perfil de investidor. Os desempenhos, sejam de sua carteira pessoal ou da sua modalidade de investimento no plano de aposentadoria da Funsejem, devem ser considerados apenas como referência de gestão, e não como fator determinante para sua escolha, pois resultados passados não garantem rentabilidade futura.