Investimentos: os perfis ao longo dos anos

Os resultados mais recentes dos perfis de investimento do seu plano de aposentadoria corporativa na Funsejem são de agosto. E como ocorre em todos os meses, eles foram divulgados no site (aqui), em boletins e SMS, além da intranet das empresas, informando o desempenho do mercado financeiro nos quais se baseiam, em grande parte, os rendimentos alcançados.

O acompanhamento mensal é hábito de muitos participantes. E legítimo. As aplicações financeiras, em especial as mais arriscadas, oscilam no curto prazo, em virtude de diversos fatores, dentre eles, variações na inflação e na taxa de juros no Brasil e até mesmo no exterior. Alteração dos juros norte-americanos, por exemplo, tem o potencial de afetar a economia mundo afora.

Para além da análise mais pontual, que não deve se confundir, nem motivar mudanças frequentes de perfil no curto prazo (na busca exclusiva da rentabilidade mais atrativa), há aquele cenário mais condizente com um plano de aposentadoria, que é o desempenho de longo prazo.

Neste sentido, você já parou para pensar o quanto evoluíram os perfis de investimento da Funsejem desde que surgiram?

Um pouco de história

Como relembrou o ex-superintendente Paulo Roberto Pisauro, na edição anterior do Futuro On-line (aqui), a Fundação tinha uma gestão única de seus investimentos quando ela surgiu em 1994. Ou seja, os recursos dos participantes, fossem eles empregados ativos ou aposentados, eram administrados de forma diversificada, mas única, apresentando assim uma mesma rentabilidade a todos.

Foi quando em 2005, o sistema Multicotas, com diferentes perfis de investimentos, surgiu nos planos da Funsejem, inicialmente com o conservador, o moderado e o agressivo.

O conservador era o menos arriscado, tal como hoje. Tinha por objetivo, o mesmo da política de investimento atual, superar a variação do CDI, que é o índice de referência das aplicações mais conservadoras, e reflete a variação da taxa básica de juros da economia, a Selic.

O perfil agressivo, na ocasião, tinha o Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa de Valores B3, como benchmark para os recursos aplicados na renda variável. E o limite máximo de alocação neste segmento de alto risco era de 30%. Na gestão de 2024, este teto é de 45%. E o benchmark, é o IBrX, já há muitos anos.

Quanto ao perfil moderado, figurou inicialmente como uma combinação dos resultados alcançados pelas gestões conservadora e agressiva. O cálculo do rendimento do moderado chegou a ser uma média exata, ou seja, 50% do resultado conservador, mais 50% do resultado agressivo. E houve alterações futuras, como a combinação 70%/30%, até o perfil chegar ao presente formato com alocações e metas próprias.

Em 2010, nasceu o quarto perfil do sistema Multicotas, o superagressivo, o mais arriscado. Ele foi implantado apenas no plano Votorantim Prev, sendo incluído no VCNE (plano fechado para novas adesões), em 2023.

O superagressivo veio atender a expectativas dos participantes que queriam uma gestão ainda mais arrojada que a agressiva, com uma alocação maior na renda variável, e em outros ativos de risco. Na política vigente, o objetivo do superagressivo continua sendo o de destinar a maior parte da carteira aos investimentos de alta volatilidade: cerca de 45% em renda variável, 10% em investimentos estruturados, e 7% no exterior. A fatia de renda fixa fica em torno de 38%.

Resultados dos perfis e indicadores de mercado

A composição e metas dos perfis mudam ao longo dos anos, refletindo mudanças e limites legais a serem observados pelas entidades de previdência, anseios dos participantes (foi assim que surgiu o superagressivo), avanços dos investimentos e, claro, os cenários econômicos.

A rentabilidade alcançada também é uma consequência. Majoritariamente, do que o mercado financeiro apresenta. E ele varia muito. Por isso, nos gráficos a seguir, apresentamos os resultados dos perfis ao lado de outros indicadores econômicos e financeiros. Dentre eles, a inflação medida pelo IPCA, o CDI, que como mencionado acompanha a taxa de juros, o Ibovespa e a tradicional caderneta de poupança.

O primeiro gráfico contém apenas três perfis de investimentos, já que ele contempla o período de 2005, que não contava com o superagressivo, implantado em 2010. Ao lado dos perfis, nas colunas em cinza, estão os indicadores econômicos e financeiros.

Considerando o intervalo de 2010 a 2024, o gráfico já traz os quatro perfis de investimentos da Funsejem, além de indicadores econômicos e financeiros.

Interessante notar que, como é de se esperar, os perfis têm desempenho influenciado pelos segmentos nos quais aplica. Desta forma, o conservador, que é 100% renda fixa baixo risco, aparece com resultados superiores ao do CDI.

Já os perfis mais agressivos apresentam resultados inferiores aos do conservador, pois apesar de também investirem na renda fixa, abrem espaço para ativos de alto risco, como o mercado acionário, que não obteve nestes recortes de tempo um desempenho acumulado como o do CDI.

Agora, confira o comportamento dos perfis em alguns anos específicos, como o de 2008, abalado por uma crise mundial iniciada no mercado de hipotecas nos Estados Unidos, e o de 2019, com o perfil superagressivo apresentando o maior resultado anual do sistema Multicotas. Em seguida, relembre o desempenho do período da pandemia, e este ano de 2024, que por ora permanece um desafio para os perfis arriscados. Para mais informações sobre os perfis da Funsejem, acesse a página de investimentos do site www.funsejem.org.br. Lá, você consulta a rentabilidade desde 1994, e gráficos mensais e anuais.

  • Sempre alerta!

    Quando o assunto é investimento, sua análise precisa se basear no momento pelo qual passa o mercado financeiro, nas características da aplicação, e na adequação ao seu perfil de investidor. Os desempenhos, sejam de sua carteira pessoal ou da sua modalidade de investimento no plano de aposentadoria da Funsejem, devem ser considerados apenas como referência de gestão, e não como fator determinante para sua escolha, pois resultados passados não garantem rentabilidade futura.