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Entrevista com trechos em áudio
A obesidade tem afetado crianças, adolescentes, adultos e idosos, sendo um problema de saúde recorrente na atualidade e ao que tudo indica seguirá afetando mais pessoas no decorrer dos anos. Pelo menos, é o que indica o Atlas Mundial da Obesidade em 2022, mapeamento realizado pela Federação Mundial da Obesidade (World Obesity Federation). A projeção é de que 1 bilhão de pessoas tenha obesidade pelo mundo até 2030. No Brasil, a expectativa é de que 29,7% da população adulta tenha obesidade, sendo 33,2% mulheres, e 25,8%, homens.
Levando em consideração uma estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que o número de idosos no Brasil deve ultrapassar a quantidade de crianças em 2030 – ainda em andamento, o Censo Demográfico 2022 aponta que 14,7% da população residente no Brasil tinha 60 anos ou mais em 2021–, isso quer dizer que grande parte desses idosos terá problemas com sobrepeso.
O que se considera obesidade
Existem diferentes causas para a obesidade, desde a origem genética, diminuição de atividade física, até uma anormalidade metabólica ou hormonal. Porém, um dos principais fatores para a doença está relacionado com condições nutricionais desequilibradas, ou seja, quando há mais energia sendo inserida no corpo por meio das refeições do que está sendo gasta pelas atividades do dia a dia.
Para determinar se uma pessoa está obesa ou não, é feito o cálculo do Índice de Massa Corpórea, o IMC, que divide o peso da pessoa por sua altura elevada ao quadrado. Um IMC acima de 25 para adultos já é considerado excesso de peso. Acima de 30, é classificado como obesidade.
Uns quilinhos a mais com o passar dos anos
Quando se é jovem o metabolismo do organismo é mais acelerado. No entanto, o corpo se modifica com o passar da idade, sendo mais fácil acumular gordura do que perdê-la. Se a pessoa tem uma vida sedentária, sem a prática de atividades físicas, e maus hábitos alimentares então, essa curva fica ascendente e a cada ano que se passa ela ganha uns quilinhos a mais.
“É por isso que, na maioria das vezes, os idosos estão com sobrepeso ou até mesmo obesos nessa fase da vida”, afirma a médica geriatra dra. Eliza de Oliveira Borges. “O sedentarismo, o tabagismo, uma dieta desiquilibrada composta por muitos alimentos ricos em sódio, produtos industrializados, a ingestão desproporcional de carboidrato, com uma pouca variedade de verduras, proteínas, tudo isso ajuda a construir a obesidade ao longo do tempo.”
Acompanhe a entrevista completa em áudio com a médica geriatra dra. Eliza de Oliveira Borges, que atua no Instituto de Especialidades e Sono (IES) e no Projeto Cuidar – Geriatria Goiânia e saiba quais riscos a obesidade oferece à saúde do idoso e como prevenir a doença ou realizar o melhor tratamento.