Em 1º de julho, Anderson Guimarães assumiu as posições de diretor-executivo e AETQ (Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado, para Investimentos) da Funsejem. O executivo iniciou o processo de transição em abril, com o então diretor e AETQ José Serafim de Freitas, que deixou a Funsejem ao final de junho, após 39 anos de Votorantim.
Graduado em Ciências Atuariais, formação específica para previdência e seguro, Anderson também tem certificação por experiência com ênfase em Gestão de Investimentos, emitida pelo ICSS (Instituto de Certificação dos Profissionais de Seguridade Social).
Com ampla experiência na gestão de fundos de pensão, adquirida em 31 anos de mercado, o novo diretor compartilha a seguir um pouco de sua trajetória profissional e perfil de vida.
O início de tudo
Anderson começou a trabalhar muito cedo, aos 14 anos, em um banco inglês. Aos 18 anos foi morar sozinho e ingressou no segmento de previdência, na Fundação da Sabesp, a Sabesprev. “Lá, tinha um fornecedor que era atuário e consultor de fundo de pensão. Ele conversava com todo mundo de igual para igual, e ninguém fazia isso. Ele chegava no gerente de Finanças e falava de Bolsa. Já com o diretor de Seguridade, ele estudava o regulamento. Então, meu pensamento foi: se ele consegue, eu consigo também.”

A primeira área pela qual passou foi Atendimento. “Depois fui para a área Financeira, trabalhei com Controladoria, Empréstimo, Contas a Pagar e a Receber, e Investimentos, tudo em três anos”.
Aos 22 anos, Anderson se casou e passou a viver no Nordeste, onde ficou por três anos. “Fomos morar em Recife. Comecei a trabalhar em uma consultoria em previdência, a Previtec, dando suporte do sistema para as regiões Norte e Nordeste. Mas percebi que aquela forma de atuar não me faria crescer.”
Atuação diversa
A consultoria tinha escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo, para onde conseguiu se transferir. “Foram 20 anos entre Previtec e Itaú, pois em 2007 foi adquirida pelo Itaú. Nesses anos, passei por todas as áreas de um fundo de pensão, até assumir a de Seguridade, na qual estudei regulamento, arrecadação, reserva matemática, cadastro e legislação. Posteriormente, me tornei gerente executivo, e permaneci por lá até 2017.”
O passo seguinte de Anderson foi assumir a diretoria da Enerprev, fundo de pensão do grupo EDP, onde ficou até março de 2025. “Minha trajetória é de curiosidade, assumir desafios. E acabo de abraçar mais um agora, que é a Funsejem, um enorme desafio.”
Para esta nova etapa de sua carreira, o executivo conta com sua bagagem múltipla.

“Quando você trabalha em uma consultoria, você conhece os diversos, pois atende inúmeras entidades. Se você está em uma mesma entidade, só conhece os problemas dela. Mas quando cuida de várias, conhece muitos profissionais diferentes e vai absorvendo os prós e contras de tudo, além das soluções. Você vai entendendo seus problemas. Então, o que trago para a Funsejem é essa experiência de conhecer muitas realidades.”
O brasileiro e a aposentadoria
“O brasileiro, por cultura, é imediatista, nos falta muita educação financeira. Por isso, é muito difícil falar de previdência. A empresa oferece o benefício, mas ele não é imediato. Diferente de um plano de saúde. A previdência é para quando você sai da empresa. Ela te dá qualidade de vida lá na frente”, diz Anderson ao comentar sobre o papel da previdência complementar.
“Eu tenho uma tese, fiz um estudo. O INSS é péssimo como provedor de renda. Uma pessoa que se aposentou com 60 anos, e hoje tem 80, ganha, no máximo, dois salários-mínimos. Ela começa ganhando o teto, mas a correção ano a ano traz o benefício para baixo. Então é uma questão financeira não depender só do INSS”, afirma o executivo, que ressalta dois tipos de planejamento.
“Eu vejo duas pontas. Quando você fala em Funsejem, é dinheiro, planejamento financeiro. O dinheiro não traz felicidade, mas a falta dele traz infelicidade. A aposentadoria é o período da vida em que você mais precisa de dinheiro para cuidar da sua saúde”, diz ele.
“A outra ponta também faz parte de planejamento. É você cuidar da saúde, porque não adianta lá na frente ter dinheiro só para pagar remédio, médico, fisioterapeuta e cuidador. Você tem que ter dinheiro para viver bem. Portanto, é preciso se exercitar, se alimentar bem, ter condicionamento físico desde agora”, explica Anderson, que já vem fazendo a parte dele. “A previdência privada e a educação financeira têm uma importância grande na minha vida. Eu faço minhas reservas e cuido da minha saúde.”
Planejamento financeiro familiar
“Tenho 49 anos, sou casado há 28, e tenho 2 filhos, um de 26 anos, e outro de 19. O mais velho é economista e o mais novo faz veterinária. Sempre trouxe a questão da educação financeira para eles, porque sou uma pessoa que gosta de equilíbrio” diz Anderson.
“Se você gosta de viajar, por exemplo, vai deixar só para depois que se aposentar? Eu acho necessário se planejar para a aposentadoria, mas temos também que viver o agora. A fase pós laboral é uma continuidade da sua vida. O emprego é um meio, não é um fim, você trabalha para viver, e não vive para trabalhar”, diz ele.

“O que eu tentei ensinar para os meus filhos é não viver em função de guardar dinheiro, mas se planejar. Tentei passar para eles esse equilíbrio”, diz. O executivo acredita que conseguiu mostrar aos filhos o quão fundamental é se planejar, inclusive para não se perder financeiramente. “A questão do endividamento é uma coisa que precisa de muito cuidado. É importante você conhecer as suas possibilidades, tomar decisões, porque tudo são escolhas, não dá pra ter tudo”.
Recarregando as energias
Anderson aproveita as horas vagas e finais de semana para descansar e estar com a família. “Eu gosto de viajar, passear. Sou uma pessoa que gosta de sair de casa. Eu não sou daqueles que fica o dia inteiro dentro de casa assistindo série. Meu negócio é rua”, diz ele.

“Eu gosto de carro, tecnologia, ler, sou um curioso nato. O meu filho está estudando inteligência artificial, então de vez quando eu vou lá trocar umas ideias com ele”.
Viajar também está entre os prazeres do executivo. “Eu tento viajar pelo menos uma vez por ano. E acho que o planejar a viagem é tão legal quanto. Óbvio que você não consegue viajar todo final de semana, mas consegue fazer algumas coisas. Às vezes saio de São Paulo, vou almoçar em Minas Gerais, ou Bragança Paulista, Embu das Artes e volto.”
É preciso dar o primeiro passo
Antes de encerrar a entrevista, Anderson reforça a importância de começar e de persistir no planejamento. “Participe do plano, comece com 1%. Sim, 1% de contribuição. Mas comece o quanto antes, porque o tempo conta muito. Quando você contribui no Votorantim Prev com “x” reais, não estão saindo os “x” reais do seu orçamento, mas menos, porque uma parte disso já está sendo compensada pelo que você deixa de pagar de imposto de renda”, explica ele, ao citar o incentivo fiscal a quem investe em previdência (saiba mais no site da Funsejem, aqui).
“É preciso que você também explore o plano sempre. Mesmo que já seja nosso participante, você nunca vai conhecê-lo como um todo, suas opções e vantagens”.
Anderson ainda recomenda conhecer a realidade de quem já pendurou as chuteiras. “Converse com um aposentado de mais de 70 anos. Pergunte como é a realidade financeira dele, para ver a importância da complementação de renda. Eu falo que previdência privada é um benefício em que a empresa está olhando para você, porque você vai aproveitá-lo quando já não tiver mais trabalhando.”

Por fim, o diretor orienta procurar a Funsejem. “Estamos aqui para te orientar, esclarecer e mostrar quais opções você tem. Conte com a gente, vamos te ajudar nessa jornada e na execução desse planejamento”.
Clique aqui e ouça o Podcast Funsejem com novo dirigente da entidade. Neste episódio, ele fala sobre a importância e o papel da previdência complementar corporativa nos dias de hoje.