Lições financeiras para 2021

Imprevistos acontecem na vida e eles podem ser desde você bater o carro ou perder o emprego, até a crise vivenciada no mundo em função da pandemia de covid-19. O mercado financeiro reflete a tudo isso, assim como já sentiu os efeitos da crise imobiliária nos Estados Unidos em 2008, a dos tigres asiáticos em 1997, a financeira na Rússia em 1998, entre outras. É por isso que Fernando Júnior, sócio e gestor de negócios corporativos da gestora Monetus Investimentos, defende a organização financeira, a formação de uma reserva de emergências e o hábito de poupar, pensando na aposentadoria e na segurança para o futuro, como uma estratégia que não pode mudar ao longo da vida, independentemente dos eventos inesperados.

“Ninguém poderia pensar que a gente teria uma pandemia instaurada em março e que tantas mudanças fariam parte do cotidiano. Quando a gente olha sob essa perspectiva, investir com qualidade é muito mais uma questão de hábito do que de momento. As pessoas se preocupam muito com o resultado de curto prazo, ‘eu tenho que comprar porque caiu tantos porcento na bolsa ou vender porque subiu’, e esse comportamento é prejudicial para a acumulação de patrimônio. O que realmente faz a diferença para uma boa organização financeira é uma estratégia de longo prazo”, considera Fernando.

Nesse sentido, o gestor indica o plano de previdência privada como uma meta a ser colocada em prática para quem deseja se preparar para a aposentadoria e para o futuro. “O INSS é uma pirâmide em decadência, principalmente devido ao fato do envelhecimento da população. Por isso, é preciso pensar em alternativas para se organizar financeiramente e ter uma previdência privada é mais do que fundamental”, afirma o gestor.

No entanto, essa é uma modalidade pouco utilizada pelos brasileiros e na visão de Fernando esse comportamento está relacionado à falta de informação sobre a estratégia de investimento. Normalmente, esse tipo de plano, quando oferecido por uma empresa, como é o caso do Votorantim Prev, tem tanto a contribuição do funcionário quanto a contrapartida da companhia, que complementa o valor aplicado.

“Por isso o trabalhador que tem a possibilidade de aderir a um plano corporativo, tem uma grande oportunidade para investir porque além do subsídio da empregadora, é possível deduzir ou reduzir a alíquota do imposto de renda.”

A vantagem destacada por Fernando está relacionada ao tipo de tributação escolhida pelo participante ao ingressar em um plano de previdência privada corporativa e que será aplicado no momento do resgate ou da aposentadoria. São duas opções: regime progressivo e regime regressivo. Não existe uma decisão certa ou errada, mas sim vantagens e desvantagens de cada um. Clique aqui e veja como funcionam os regimes tributários.

“Para quem declara o Imposto de Renda no modelo completo, pode abater até 12% do total da renda tributável. Já quem opta pelo regime regressivo, caso permaneça no plano por mais de 10 anos, pode ter a tributação do IR com uma alíquota de 10% na hora do recebimento da aposentadoria”, eu considero isso algo muito vantajoso e uma forma inteligente de fazer o planejamento financeiro”, destaca Fernando.

Outro ponto importante destacado pelo gestor de negócios corporativos da Monetus Investimentos é a escolha do perfil de risco. Para Fernando, existe uma diferença entre capacidade e vontade para tomar risco. “Por exemplo, eu tenho 30 anos, não tenho filhos, já tenho uma reserva de emergência montada e um salário regular. Desta forma, além da vontade, eu tenho a capacidade de tomar risco. Por isso, posso optar por perfis de investimentos mais arrojados”, explica. “Mas o que eu costumo ver é um desalinhamento entre a capacidade e a vontade. A pessoa que toma risco, mas não tem a capacidade, pois não está com o orçamento organizado, não possui uma reserva de emergência e está endividada. Nesse sentido, a capacidade é diferente da vontade para tomar riscos e esse desalinhamento provoca um desajuste no perfil do investidor. Então nem sempre um jovem de 30 anos deve optar por perfis mais agressivos, somente se ele tiver a capacidade para isso.”

Quando a pessoa faz o dever de casa, organizando a vida financeira será possível acumular um capital maior ao longo do tempo, considera Fernando. E nessa tarefa está inclusa a quitação de dívidas e a formação de uma reserva para situações inesperadas. “Ninguém espera que vai ter um imprevisto quando sai de casa, mas é preciso ter como se precaver. Outro ponto é que brasileiro é uma população muito endividada e isso é a pior coisa que pode acontecer na vida de uma pessoa, é um processo destrutivo de patrimônio. Por isso, antes de qualquer investimento, é preciso quitar dívidas e criar uma reserva de emergências”, indica.

Quando a pessoa faz o dever de casa, organizando a vida financeira é possível acumular um capital maior ao longo do tempo, considera Fernando. E nessa tarefa está inclusa a quitação de dívidas e a formação de uma reserva para situações inesperadas. “Ninguém espera que vai ter um imprevisto quando sai de casa, mas é preciso ter como se precaver. Outro ponto é que brasileiro é uma população muito endividada e isso é a pior coisa que pode acontecer na vida de uma pessoa, é um processo destrutivo de patrimônio. Por isso, antes de qualquer investimento, é preciso quitar dívidas e criar uma reserva de emergências”, indica.