Desde a primeira edição do Futuro On-line de 2024, estamos apresentando orientações de especialistas em educação financeira para que você possa investir melhor. Dina Prates, educadora financeira, ressaltou que não existe uma dica infalível, mas sim orientações que ajudam a proteger e evoluir o patrimônio do investidor. Enquanto Flávio Dornelas Mota, assessor de investimentos, orienta tirar o projeto do papel e começar a investir.
Agora vamos conhecer a dica de Paula Kologeski, consultora, educadora financeira e fundadora do Enriqueça-se.
“A minha recomendação para quem quer começar a investir em 2024 é que antes de pensar em investir o seu dinheiro é preciso investir em conhecimento. Quando a gente não sabe o que fazer, o melhor a fazer é buscar conhecimento, pois ele sempre rende os melhores juros”, indica.
A especialista orienta que para começar a investir é preciso ter um planejamento financeiro muito bem elaborado com objetivos de curto, médio e longo prazo definidos.
“As pessoas buscam por uma receita pronta. Mas a receita depende da meta do investidor”, afirma Paula. “Por isso, é preciso definir os objetivos para o investimento. Todo investidor precisa ter pelo menos 3 metas principais, que são a da reserva de emergência, que é um objetivo de curto prazo e que te dá segurança no presente. Já a meta de médio prazo, é a de realização de algum sonho, como fazer uma viagem, comprar um carro, uma moto etc. E o objetivo de longo prazo que todo mundo deve ter é o da aposentadoria, principalmente, o brasileiro, que tende a ser muito imediatista e usa todo o seu dinheiro para viver o hoje sem pensar no futuro. Por isso o conhecimento se faz tão importante, pois o futuro vai chegar e vai ser preciso ter dinheiro suficiente para poder viver a fase da aposentadoria.”
Além de definir os objetivos, a consultora recomenda que a pessoa conheça bem seu perfil de investidor, isso permite, inclusive, que ele mude com o tempo, pois quando se adquire conhecimento é possível saber a hora de arriscar e a de ser mais conservador.
“O perfil de investidor está totalmente atrelado ao nível de conhecimento.
Quanto mais a pessoa se conhece, mais ela vai conseguir montar uma carteira de investimentos diversificada e de acordo com o apetite ao risco que ela tem”, destaca Paula.
Educação financeira
Ainda em relação aos conhecimentos pré-investimento, a consultora destaca que a educação financeira é fundamental para adquirir disciplina no projeto de investir. Hoje, tem cada vez mais educadores financeiros disseminando conhecimento. Mas é preciso ter muita disciplina para obter bons resultados nesse planejamento sozinho. Considero que quando a pessoa tem o apoio de um consultor, o caminho fica muito mais leve e alguns resultados são conquistados mais rapidamente”, aponta Paula.
Um dos ensinamentos que a pessoa pode obter com um educador financeiro é aprender que ela sempre tem que se pagar primeiro. “É preciso ter em mente que assim que o dinheiro cai na conta, 10% dele é destinado para os objetivos de curto, médio e longo prazo. E você pode começar até com menos do que isso, utilizando o método 95/5. Ou seja, vive com 95% da sua renda e poupa 5%. Depois passa para o 90/10. Isto é, vive com 90% e poupa 10%”, orienta a consultora. “Para formar um patrimônio, é preciso estar comprometido, pois você não conquista liberdade financeira investindo 1,2 ou 3 meses. Investir é como praticar atividade física, você tem o objetivo de se manter saudável ou de emagrecer e vai trabalhar para isso, indo regularmente para a academia. No investimento, você também precisa manter o hábito da organização financeira, de realizar seus aportes mensais porque é por meio dessa consistência que vai conquistar os seus objetivos.”
